Bem, vamos lá:
Historicamente, o primeiro violão que tinha as 6 cordas afinadas do nosso jeito foi o violão romântico (ou guitarra romântica). O violão romântico tinha basicamente um corpo bem menor que o violão atual, e muitas vezes sem leque harmônico. O som tinha um pouco menos volume, e graves menos presentes, mas não deixava de ser charmoso. Assim como hoje, muitos construtores do século XIX desenvolveram vários estilos de violão romântico: Lacote, Fabricatore, Panormo, Stauffer, etc... O violão romântico teve como antecessor a guitarra barroca, que teve a guitarra renascentista e de certa forma, os alaúdes como antecessores. Mas daí já não são 6 cordas simples.
O violão moderno, na verdade, tem também diversas linhas de construção. Mas, todas elas graças ao Antonio Torres, que fez violões com a combinação bem sucedida de várias características, como leque harmônico e caixa maior, como os que temos hoje.
O violão infantil é um violão moderno, com corpo menor e escala menor. Mas mantendo a mesma afinação.
O violão requinto é um violão menor, com 6 cordas, mas com afinação diferente, uma quarta acima. Ou seja, ao invés de mi, no agudo, temos lá. E assim se mantém as relações para todas as cordas.
O violão tenor é um violão que tem somente 4 cordas, mais agudas que as do violão. Mas, desconheço a afinação exata.
O violão flamenco possui uma construção destinada a gerar baixa sustentação e bastante ataque. Possuem som percussivo e são bastante rítmicos.
O violão de seresta é um nome para os violões de corda de aço, com corpo de violão de nylon.
Os violões folk são os violões americanos que possuem algumas subdivisões de acordo com o formato do corpo: Dreadnought, quando o corpo é maior e menos acinturado (estilo cantor de country), Jumbo, quando o corpo é grande mas mais acinturado, 000, que é um corpo menor e cinturado, etc...
Os violões harpa, ou Harp guitars, são violões (geralmente de aço) com diversas cordas extras, fora da escala, que basicamente estão lá para ressoar por simpatia e reforçar a sonoridade do instrumento, ou mesmo serem usadas como bordões soltos.
Os violões de 11 cordas, ou Alto Guitars, são violões com afinação de alaúde. São 11 cordas sobre a escala, sendo que as 7 primeiras possuem uma escala menor, como se um capo tivesse sido preso na casa 3. As demais, vão tendo a escala aumentada para possibilitar que as cordas sejam afinadas mais graves. Nesse violão, a corda mais aguda é comumente afinada em Sol, e desce como alaúde. Ou pode-se criar afinações alternativas. É o que o Paulo Martelli usa, feito pelo Samuel Carvalho.
Os violões de 10 cordas, introduzidos pelo Narciso Yepes, são violões construídos para que as cordas extras sejam afinadas de forma a reforçar os harmônicos que naturalmente são mais fracos no violão de 6 cordas. A afinação dos graves extras é C, Bb, Ab, Gb, projetada para fazer as notas fracas (f#, eb, etc...) ressoarem tão bem como as outras. Então, teoricamente, é pra ser tocado como um violão de 6 cordas. É claro, ocasionalmente, se tocam os baixos extras.
Os violões de 7 e 8 cordas são violões com baixos extras, usados para ampliar a tessitura do instrumento.
O violão Brahms é um violão de 8 cordas diferente. Idealizado pelo Paul Galbraith, ele tem uma corda aguda a mais (lá) e uma grave a mais (Lá ou Si). Assim, pode tocar com tessitura ampliada tanto no agudo como no grave.
O violão de fábrica é um tipo muito peculiar de violão. Tem forma de violão, peso de violão e nome de violão. Mas o som é de caixa de bacalhau molhada. É o instrumento mais difundido no Brasil.
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